terça-feira, 2 de outubro de 2012

Luís Amado Se a Europa se desintegrar

          
Luís Amado "Se a Europa se desintegrar, entraremos num período de caos do sistema internacional"
O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Luís Amado afirmou, na quinta-feira, no Brasil, que a Europa é actualmente o problema político mais sério para a economia e para as relações internacionais, pois um abalo no continente teria impacto global.
POLITICA
Se a Europa se desintegrar, entraremos num período de caos do sistema internacional
Lusa
"Se a Europa se desintegrar, se o euro colapsar, nós entraremos num período de caos e de anarquia do sistema internacional e, seguramente, aquela frágil recuperação que a economia mundial teve nos últimos dois anos perder-se-á", disse Luís Amado, num encontro para empresários promovido pela Câmara Portuguesa em São Paulo.
Para o ex-ministro dos governos socialistas de José Sócrates, a responsabilidade que paira sobre a Europa é "imensa", e os próximos passos do bloco irão determinar se o ambiente futuro será de confrontação ou de uma colaboração que favorecerá o investimento e o emprego.
Amado considerou que outras situações mundiais, como os conflitos do Médio Oriente e os planos do Irão, também devem ser acompanhadas, embora acredite que nenhuma delas é tão ameaçadora para a paz e a estabilidade do planeta quando o problema europeu.
O ex-ministro defende um processo de refundação do euro e o estabelecimento de reformas que levem em conta o pacto económico, as mudanças governamentais e o reforço da coordenação política do bloco europeu, o que, segundo ele, tem condições políticas e institucionais de ocorrer a partir de Janeiro.
"Se a Europa não introduzir reformas necessárias para salvar o euro, para garantir a estabilidade do sistema mundial e para impedir o regresso de todos os fantasmas da história da Europa que durante séculos e séculos nos conduziram à guerra e à destruição, se não fizer isso até o final do próximo ano, teremos um problema em todo o mundo", afirmou.
Fonte: Notícias ao minuto

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       Comentário feito há 15 anos ...
Carlos Carvalhas, há 15 anos, disse:

«A moeda única é um projecto ao serviço de um directório de grandes potências e de consolidação do poder das grandes transnacionais, na guerra com as transnacionais e as economias americanas e asiáticas, por uma nova divisão internacional do trabalho e pela partilha dos mercados mundiais.
A moeda única é um projecto político que conduzirá a choques e a pressões a favor da construção de uma Europa federal, ao congelamento de salários, à liquidação de direitos, ao desmantelamento da segurança social e à desresponsabilização crescente das funções sociais do Estado.»

Carlos Carvalhas, Secretário-geral do PCP — «Interpelação do PCP sobre a Moeda Única», 1997
         Parece que afinal o homem é um visionário

                               


Crise Suíça prepara exército para colapso do euro
A Suíça, país conhecido pela sua neutralidade, está a tomar precauções pouco convencionais para fazer face aos protestos anti-austeridade que se fazem sentir na Europa.
A Suíça, que não faz parte da zona euro, lançou um exercício militar em Setembro, o ‘Stabilo Due’, para responder à actual instabilidade na Europa e para testar a velocidade a que o seu exército pode ser mobilizado, avança a CNBC.
O jornal Der Sonntag noticiou recentemente que este exercício militar baseou-se num ‘mapa de risco’ de 2010, onde os especialistas do Exército contemplavam a ameaça de conflitos internos, assim como a possibilidade de a Suíça receber refugiados da Grécia, Espanha, Itália, França e Portugal.
O ministério da Defesa suíço adiantou à CNBC que não se pode excluir a necessidade de enviar tropas nos próximos anos para outros países.
“Não está excluída a hipótese de as consequências de uma crise financeira na Suíça poderem provocar protestos e violência”, disse à CNBC um porta-voz do ministério da Defesa, acrescentando que “o exército tem de estar preparado quando a polícia pede ajuda em casos destes”.
Cerca de dois mil soldados integraram os exercícios militares que decorreram em oito cidades suíças, incluindo soldados de infantaria, a Força Aérea e membros das forças especiais.
O ministro da Defesa Ueli Maurerwarned alertou, citado pela revista Schweizer Soldat, para uma escalada da violência na Europa. “Não posso excluir que possamos precisar do exército nos próximos anos”, disse o governante. 
16 de Outubro de 2012 | Por Eudora Ribeiro/Notícias Ao Minuto


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